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segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Ícones Americanos: Corvette
No início da década de 50, a Ford ultrapassou a General Motors em vendas na América do Norte por dois anos consecutivos, e a marca sabia que deveria fazer algo. Em 1951, era iniciado o projeto Opel, cujo nome era apenas coincidência com a marca alemã que a GM era dona. No início, o nome do carro era para ser Korvette, em homenagem à pequena e veloz embarcação de escolta marítima inglesa Corvette. Porém, a letra K foi substituída pela letra C, tanto devido ao fato de ser a inicial do nome Chevrolet, e também para ser grafada corretamente. No ano seguinte, o então presidente da GM, Harlow Curtice, convoca os engenheiros Ed Cole, engenheiro-chefe de motores, e Maurice Olley, especialista em chassis, cuidarem do protótipo EX-122. Já o chefe de departamento de estilo da marca, Harley Earl, queria construir o carro inspirado em modelos de competição europeus. Incrivelmente até mesmo para os tempos atuais, eles conseguiram passar do modelo em argila para a série-piloto em meros 15 meses.
Em 17 de janeiro de 1953, o Corvette (ou Vette, como os seus entusiastas costumam chamá-lo, e como o chamarei também ao decorrer da reportagem) era lançado oficialmente no Motorama, um evento que acontecia em Nova York. Um carro fora dos padrões americanos: pequeno, baixo, visual limpo e esportivo, tinha tudo para ser um sucesso no automobilismo. Apesar do estilo europeu, possuia alguns traços que denunciavam a sua origem, como a traseira parecida com os Cadillacs, e as lanternas nas pontas do rabo-de-peixe. Os faróis possuiam uma grade que ajudava e atrapalhava ao mesmo tempo: serviam de proteção, mas dificultava a limpeza. No primeiro ano, a única opção de cor do conversível, única carroceria disponível, era branco Pólo, com interior vermelho. Depois, em dezembro daquele ano, ganhava novas cores.
Apesar do visual, o motor não era dos mais esportivos. Apesar de levá-lo aos 100 km/h em 11 s e chegar aos 170 km/h, o 235 (pol³), 3.9, de apenas 150 cv de potência bruta (assim como nas outras matérias do Ícones Americanos, esse é o padrão adotado até 1971. Após esse ano, foi adotado o padrão de potência líquida, que se mantém até hoje), seis cilindros em linha e o câmbio automático Powerglide de meras 2 marchas não agradavam muito, principalmente aos americanos, acostumados com motores mais potentes. O carro era construído sob uma carroceria feita de plástico, reforçado com fibra de vidro prensada, o que deixava o carro leve. Sem esse material, usado pela primeira vez no Vette, inviabilizaria a sua produção, devido ao volume de produção.
Em 30 de junho, a produção começava em Flint, Michigan, produzindo 300 unidades (pode parecer pouco, mas era um carro fora dos padrões americanos, só levava duas pessoas e era mais caro que os sedãs da época), cada um por 3.500 dólares, o que, hoje, seria uns 24 mil dólares, atualizado pelo Índice de Preço ao Consumidor dos EUA. Em dezembro daquele ano, a produção foi transferida para St. Louis, Missouri, e a GM esperava vender 10 mil unidades no ano seguinte. Para alcançarem essa meta, eles abaixaram o preço para 2.780 dólares (19.160 dólares, atualizado), a potência subia para 155 cv e novas cores estavam disponíveis. Mas a GM vendera apenas 3.265 unidades, e 1.076 ficaram sem dono.
Então, Zora Arkus-Duntov, um belga filho de russos, que trabalhara em competições automobilísticas europeias antes de ir para os EUA e então engenheiro-chefe da unidade Corvette, sabia que o Vette precisava de ajuda, pelo número de vendas e pelo desempenho. Colocando seu emprego em risco, sugeriu melhorias no Corvette a seus superiores. Ele pedia um motor maior, um V8, pois seus concorrentes europeus possuiam motores V12 com mais de 300 cv, e a Ford recentemente havia lançado o Thunderbird, com um V8 4.5, e também novas supensões, mais esportivas e sofisticdas, além de câmbio manual e uma melhor dirigibilidade, para poder se transformar num verdadeiro esportivo. O pedido foi ouvido, e a marca desenvolveu um V8 de 265 pol³, um small-block, de 195 cv de potência bruta, lançado em 1955. Esse motor melhorou muito o desempenho do Vette, levando-o aos 96 km/h em 8,5 segundos e 200 km/h de máxima. Apesar de também ter ganho novas cores e câmbio automático de 3 marchas, opcionalmente, o Corvette vendeu apenas 700 unidades naquele ano. Quase saíra de linha.
Então, em 1956, o Vette ganhava as suas primeiras mudanças: novos faróis, grade e modificações na lateral e traseira. Agora, os vidros laterais desciam e subiam, o teto, feito de plástico, podia ser removido, e a pintura era bicolor, como podemos ver na foto. O small-block poderia vir opcionalmente preparado, com quatro carburadores de corpo quádruplo, que faziam o motor gerar 225 cv. O nome desse pacote era RPO 469 (Regular Product Option). Em janeiro daquele ano, o Corvette batia o recorde de milha lançada (uma prova de 1,6 km em linha reta, em que o carro já entra em certa velocidade), com 240 km/h, no Fórum Internacional de Segurança e Desempenho, em Daytona. O Vette começava a ficar bravo.
No ano seguinte, era lançado mais um pacote, o RPO 684. Ele oferecia um V8 de 283 pol³, um 4.6. Possuia injeção mecânica de combustível, e gerava 283 cv. Era o primeiro motor americano a ter 1 cv/pol³. Apesar disso, eram apenas 61 cv/l de potência específica (quando se divide a potência pelo tamanho do motor: 283 dividido por 4.6 é igual a 61). O pacote ainda trazia câmbio manual de 4 marchas, conta-giros na coluna de direção e freios e suspensão redimensionados. O motor 283, com 220 cv, passava a ser a versão de entrada, que custava 3.176 dólares, ou 20.800 dólares hoje. Deu certo: as vendas subiram para 6.369 unidades.
Em 1958, novas mudanças vieram. O Vette ganhava novos faróis duplos, um refletor alto e outro baixo em cada farol, parachoques cromados e grade tripla. O interior também fora renovado, e a Chevrolet disponibilizava o V8 283 com potência entre 245 e 290 cv, dependendo dos opcionais escolhidos pelo cliente. O sucesso nas pistas levara a marca a criar o StingRay Concept, um carro para as pistas, em 1959.
Em 1958, o Vette vendeu 9.168 unidades, número que foi para quase 10 mil no ano seguinte, e passou de 10 mil em 1960. Um dos fatores que levaram ao sucesso, além de mudanças, foi participar da série Rota 66, e por seu principal concorrente, o Thunderbird, perder a esportividade a longo dos anos. Baseada no conceito StingRay, a GM fez mais um conceito, o Mako Shark, que seria a referência para a próxima geração do Corvette.
Em 1961,dois anos antes da nova geração, o Corvette ganhava mudanças na traseira, agora com dois pares redondos de lanternas, que fazem parte do modelo até hoje, e o formato da raseira era apelidado de rabo-de-pato. Além disso, com nova injeção, o motor 283 agora gerava 315 cv, enquanto o V8 small-block 327 gerava 360 cv, este último em 1962. Tudo isso resultou em 14.500 unidades vendidas nesse ano.
Então, em 1963, surgia a nova geração do Vette, chamada de StingRay, comemorando os 10 anos do modelo. A segunda geração (C2) vinha com o visual inspirada nos conceitos StingRay e Mako Shark, trazia faróis escamoteáveis, grelha lateral, paralamas elevados, linha de cintura alto e parachoque bipartido. Estava disponível nas carrocerias conversível e cupê (esse com o vidro traseiro dividido em 2, "split window"). Vinha com o novo motor 327, com carburador de corpo quádruplo e 300 cv, mas podia chegar aos 360 cv, com câmbio manual de 4 marchas. Na foto, o Corvette C2 com Zora Arkus-Duntov.
Com algumas mudanças na suspensão e freios, o Vette possuia uma distribuição de peso de 52% na traseira e 48% na dianteira, muito boa, digna de esportivos. Agora Zora podia dizer sem medo: "É a primeira vez que tenho um Corvette que posso dirigir com orgulho na Europa". Essa nova geração do Corvette era uma resposta ao roadster feito por Carrol Shelby, o Shelby Cobra, com motores Ford, uma lenda do automobilismo e concorente do Vette. Na foto, o split window, abolida em 1964 pelo próprio Zora, dizendo que comprometia a visibilidade. Por isso, os cupês com o slipt window são os mais cobiçados hoje. No ano seguinte, ganhava freios a disco nas quatro rodas, para conseguir freiar o carro agora equipado com o novo 396 Mk IV (6.5), de 425 cv e 55 kgfm, que levava o carro aos 96 km/h em 4,8 s, e ultrapassava o quarto de milha, 400 m, em 14,1 s. Agora o Vette disputava de igual para igual com o Shelby Cobra, de mesma potência com o 427 da Ford.
Naquele mesmo ano, a GM apresentava o conceito Mako Shark II. Ano seguinte, o Vette poderia vir opcionalmente com apoios de cabeça. Ainda insatisfeita com o desempenho do Corvette, criava em 1967 a L88, uma versão para as pistas equipada com um big-block 427 V8 (7.0), com cabeçote de alumínio e três carburadores de corpo duplo. Dizem que a potêcia real era 550 cv, mas a GM divulgava apenas 430 cv para não assustar as seguradoras. Das 28 mil unidades do Vette vendidas naquele ano, apenas 20 eram da L88,
que aparece na foto.
Em 1968, baseada no Mako Shark II, a GM lançava o Corvette C3, a terceira geração do "Pride of America" (orgulho da América, como também era tratado o Corvette). Com linhas musculosas, ainda possuia o farol escamoteável. Na versão cupê, o teto e o vidro traseiro poderiam ser removidos, o que o transformava num tara. A versão conversível também estava disponível. Os motores eram os mesmos, o 427 na L88, e o 327 de 300 a 360 cv.
Em 15 de novembro daquele ano, um conversível dourado deixava a fábrica como o 250.000° Corvette produzido. No ano seguinte, ganhava um V8 small-block, o clássico 350 (5.7) de 300 cv. Nesse mesmo ano, morria Harley Earl, aos 75 anos, que desenhou o primeiro Vette. Em 1970, o Corvette perdia as 4 fendas laterais, já tradicionais do Corvette, dando lugar a uma grelha, com a desculpa que, por essa grelha, poderiam entrar partículas que poderiam danificar algum componente mecânico. Porém, as fendas voltavam ano seguinte, mas se despediam novamente pouco tempo depois, substituídas por uma tomada de ar, semelhante à atual. Ainda em 1971, a GM apresentava o maior motor usado em modelos de série do Corvette: o LS6. Um V8 big-block 454 (7.4) de 425 cv, para a versão ZR2.Devido ao enorme motor, algumas alterações foram necessárias, como nova transmissão, radiador de alumínio e molas estabilizadoras na traseira e dianteira. Assim como a L88, apenas 20 unidades foram produzidas.
Então chegava a triste, para os carros americanos, década de 70. Como o argumento para vendas na época era potência, e para atingir altas potências o motor ficava mais beberrento e poluidor, o governo americano sancionou leis que limitavam a emissão de poluentes, o que exigiu que as três grandes americanas, Ford, GM e Chrysler, alterassem seus motores, aplicando catalisadores, que diminuem a potência, e também fazendo-os consumirem gasolina de menor octanagem, diminuindo ainda mais a potência. Além disso, as seguradoras cobravam cada vez mais por carros mais potentes. Para piorar de vez a situação, a crise do petróleo de 1973 exigiu motores menos beberrões, ou seja, menores. O big-block sobreviveu até 1974, e, no ano seguinte, o Vette tinha seu V8 mais fraco até então: o 350 gerava apenas 165 cv (a partir de 1971, passou-se a medir a potência em valores líquidos, o que fazia parecer que o motor tinha perdido ainda mais potência).
Com as baixas vendas, a versão conversível saía de linha em 1974, mesmo ano em que Zora Arkus-Duntov saía da GM para poder comandar seu próprio negócio, e David McLellan assumia seu cargo. Um ano antes, o vidro traseiro tornava-se fixo no cupê, e nesse ano de 74 o Vette ganhava cintos de 3 pontos. O carro continuara assim até 1977, quando recebeu uma pequena reestilização. Além disso, ganhava o motor L82, baseado no 350 V8, com 180 cv. Além desse motor, também ganhava o L48, com o carburador Rogester Quadrajet, com 185 cv. O L48 levava o carro para 197 km/h, e o leva de 0 a 96 km/h em 7,8 s. nada mau para aqueles tempos de crise. Apesar de ser o melhor carro emdesempenho sendo produzido nos EUA, ele não conseguia disputar de igual para igual com alguns europeus. Para compensar isso, a marca investiu em conforto, com bancos de couro em série, e câmbio automático de 3 marchas, menos poluente que com caixa manual. Desde 1953, meio milhão de Vettes haviam sido vendidas.
Em 1978, 25 anos de história do Corvette, a GM apresentava uma nova carroceria, a fastback, que também podia se tornar um targa. Nesse mesmo ano, era apresentada também uma edição comemorativa, a que também seria Pace car das 500 milhas de Indianópolis daquele ano. O Wall Street Journal, famoso jornal americano, publicara, na época do lançamento, primeira página, uma matéria falando que o valor aquela edição especial poderia passar de 14 mil dólares para 50 mil dóares, em pouco tempo (ou seja, de 40 mil dólares atuais para 150 mil dólares). Porém, antes mesmo da divulgação da matéria, os colecionadores já estavam disputando as 6.500 unidades do modelo por valores muito próximos ao estimado pelo jornal. Em 1979, o Vette vendera 53 mil unidades, um recorde que a marca queria. A potência também crescia naquele ano: estava diisponível o 350 V8, com 225 cv.
A partir de 1980, a GM fabricava motores disponíveis apenas para a Califórnia, onde as leis de emissões eram ainda mais rígidas. Por ser menor e ter menor taxa de compressão, o 350 V8 (na verdade, um 305, 5.0) gerava 180 cv, enquanto em outros estados gerava entre 195 e 230 cv. Em 1981, enquanto passava a ser fabricado em Bowling Green, Kentucky. Nesse mesmo ano, ganhava injeção CrossFire monoponto, que elevava a potência do 350 de 195 para 200 cv, e diminuía as emissões. Agora, o vidro traseiro bria, como se fosse a tampa do porta-malas de um hatch.
Em 1983, a GM lançava o Corvette C4, já como modelo 1984, já que, devido a um atraso, foi lançado quase nesse ano. Possuia alguns traços das antigas versões StingRay, mas ficava mais "quadrado", com mais linhas retas, tendência naquela época. Os faróis, agora retangulares, estavam no lugar onde antes estava as grades, e perdia os escamoteáveis. Na traseira, os tradicionais pares de lanternas circulares continuavam, enquanto a tomada de ar lateral era substituída por duas fendas. Agora o Vette estava 20 cm mais curto, e com um coeficiente aerodinâmico de 0,34 cx.
O motor continuava o mesmo 350 V8, mas com 205 cv, que o levava aos 220 km/h. Esse motor ganhava injeção eletrônica e catalisador trifásico, para diminuir as emissões. Ainda vinha com bancos de ajuste lombar, câmbio automático de 4 marchas, sistema de som Delco/Bose e painel de instrumentos com leitura digital. Cada vez mais o Vette poluia menos e ficava mais potente: em 1985, o motor ganhava injeção eletrônica multiponto Bosch, que diminuia as emissões, aumentava a potência para 230 cv, e o levava a 240 km/h, tornando-o mais uma vez o carro mais veloz produzido nos EUA. Em 1986, o conversível estava de volta e, como seria o Pace Car das 500 Milhas de Indianópolis daquele ano, ganhava mais uma vez uma edição especial. Ainda nesse ano, o sistema ABS tornava-se item de série.
Então, com uma parceria com a Lotus, a GM lançou o Corvette ZR1. Ele usava o LT5, 5.7, com bloco de alumínio, duplo comando e 32 válvulas. Gerava 375 cv e 39 kgfm. Chegava aos 272 km/h, e fazia a prova de 0 a 96 km/h em 4,9 s, e o quarto de milha era superado em 13,2 s. Possuia um câmbio manual de 6 marchas um tanto curioso: ao passar da primeira para a segunda, se o acelerador tivesse pouca abertura, a marcha engatada, na verdade, era a quarta, visando a economia de combustível, assim como a sexta marcha, extremamente longa (0,50:1), para uma rotação baixíssima em velocidde de cruzeiro. Por não ter nenhuma peça compartilhada com outros small-blocks, o motor exigia ferramentas específicas, e possuia manutenção cara. Além disso, o preço de 59 mil dólares (83 mil dólares hoje) não ajudava, e 6.491 unidades foram vendidas até 1995.
Em 1991, o Corvette ganhava novos faróis, lanternas e luzes indicadoras de direção, além do novo motor LT1, de 300 cv e controle de tração, ambos de série. Nesse mesmo ano, 1 milhão de unidades foram vendidas. Completando 40 anos de história em 1993, nesse ano o Vette ganhava uma edição especial (foto), na cor vermelho Rubi, e também o pacote RPO Z25 para o ZR1, que elevava a potência aos 405 cv, o suficiente para levá-lo aos 290 km/h. Ainda nesse ano, a próxima geração do Vette era anunciada, para 1997, enquanto no ano seguinte era inaugurado o Museu Nacional do Corvette, em Bowling Green, com toda a história do Vette.
Os modelos de 1994 vinham com bancos mais esportivos, painel remodelado e injeção sequencial de combustível, enquanto a conversível ganhava vidro traseiro em vidro, substituindo a de plástico, o que permitiria a adoção de desembaçador e melhor visibilidade para o motorista. Ainda nesse ano, o carro era escolhido novamene como Pace-Car das 500 Milhas de Indianópolis. Para a despedida da geração C4, o carro ganhava duas edições especiais, para ambas as carrocerias: A Collectors Edition, e a Grand Sport (foto). A Grand Sport vinha com pintura especial (azul com faixa central branca), rodas aro 17" (as mesmas do ZR1, mas pretas), dupla faixa vermelha acima das caixas de rodas dianteiras, e o motor 350 V8, com 330 cv.
Em 1997, a quinta geração chegava. Com linhas arredondadas, preservava características dos Corvettes anteriores, como os faróis escamoteáveis, entradas de ar laterais, duas duplas de lanternas arredondadas e carroceria de plástico, e voltava a ter entrada de ar dianteira dupla, ao contrário da C4.
O lendário 350 V8 small block era totalmente reformulado, construído totalmente em alumínio, com o comando de válvulas no bloco (ao contrário da ZR1, que saía de linha), agora era um 5.6 (5665 cm³) de 345 cv e 48 kgfm, o suficiente para levá-lo da imobilidade aos 96 km/h em 4,7 s. Um ano depois, em 1998, a caroceria conversível chegava.
Em 1999, a versão Hardtop era lançada. Ao contrário da cupê, essa carroceria possuia três volumes bem definidos e teto que não podia ser removido, ao contrário da cupê, que virava targa. Justamente por isso, era considerada a versão de entrada.
Então, em 2001, a versão Z06 era lançada. Nela, o 350 V8 gerava 390 cv, e estava acoplado a uma caixa manual de 6 marchas. Estava disponível apenas na carroceria hardtop, e também possuia escapamento mais leve, com silenciador de titânio. Um ano depois, a potência do Z06 era elevada para os 410 cv, o suficiente para torná-lo o Corvette mais rápido de todos os já fabricados até então: 0 a 96 km/h em 3,9 s.
Em 2003, para comemorar os 50 anos de Corvette, a Chevrolet lançava duas edições especiais. A primeira (foto), disponível nas carrocerias cupê e conversível, na cor vermelha e com amortecedores de carga variável. Já a segunda edição, baseada na Z06, possuia pintura especial e capô feito em fibra de carbono.
Então, no primeiro minuto do ano de 2004, a Chevrolet liberou a divulgação pela imprensa do Corvette C6, antecipando o lançamento oficial que ocorreria no Salão de Detroit, que ocorreria no dia 4. Preservando as linhas da geração anterior, porém modernizando-as, vinha com as tradicionais lanternas circulares, porém perdia os faróis escamoteáveis. A aerodinâmica ficou melhor, com um cx de 0,28. No interior, novidades: couro de melhor qualidade, uso de alumínio em maçanetas e pomo do câmbio, head-up display (exibe no parabrisas informações do velocímetros e conta-giros), dentre outros.
Como não poderia ser diferente, um V8 o equipava. Ainda era o 350 com comandos de válvulas no bloco, mas agora um 6.0 (antes, um 5.7), e gerando 405 cv e 55,3 kgfm. Pode ser acoplado a duas tranmissões, manual de 6 marchas ou automátic de 4. Isso tudo leva o carro de 0 a 100 km/h em 4,2 s e chega aos 300 km/h (de acordo com a fábrica), com câmbio manual (288 km/h de máxima no automático).
Desde então, o Vette continua com o mesmo visual, mas o motor passou para 6.2 l, com 430 cv e aproximadamente 43 kgfm. Também ganhou algumas versões, e edições especiais (mais explicações sobre as versões mais importantes nos próximos parágrafos): em 2005, ganhou uma versão para as pistas, a C6R Race Car; no ano seguinte, a Z06 volta, e também é o Pace Car das 500 Milhas de Indianópolis; em 2008, a ZR1 também voltava, e ainda esse ano ele ganhava uma pequena reestilização (no interior, por exemplo, ganhava novo volante); nesse mesmo ano, uma edição especial para comemorar a entrada na American Le Mans Series; em 2009, a versão Grand Sport também voltava; e em 2010, era lançada uma edição especial, a Z06 Carbon Limited Edition, com vários detalhes em fibra de carbono, em comemoração aos 50 anos do Corvette na Le Mans.
Vamos na ordem: a Z06, assim como a Z06 anterior, é uma versão ainda mais esportiva do Corvette. O C6 Z06 foi lançado em 2006 e, até então, era o Corvette mais potente já produzido. Vinha com motor LS7 (uma variação do então 6.0, para 7.0), V8, que gera 505 cv e 65 kgfm, o suficiente para levá-lo aos 100 km/h em 5,1 s e chegar aos 305 km/h, de acordo com a Quatro Rodas, mas, de acordo com a GM, vai aos 100 km/h em 3,7 s e chega a aproximadamente 317 km/h.
A ZR1, assim como as versões que usaram a sigla ZR1, também é uma versão mais apimentada do Corvette. Não substitui a Z06, mas se tornou o mais esportivo da linha. Para tanto, é equipado com outra variação do V8 small block, nomeada LS9, com 6.2l, que gera 620 cv (uma incrível marca de 100 cv por litro) e 82 kgfm. De acordo com a marca, faz de 0 a 100 em 3,4 s, e chega aos 328 km/h, sendo assim o carro mais rápido feita pela General Motors. Já que esse é o último parágrafo sobre as versões com Z no início, uma pequena curiosidade: essa letra Z que vem no começo das siglas dessas versões é uma homenagem à Zora Arkus-Duntov, que salvou o Corvette de sair de linha e deu o pontapé inicial para transformar o Vette no esportivo que é atualmente.
Já a Grand Sport, lançada em 2009, é um degrau a mais que o Corvette normal em relação a esportividade, mas perde para a Z06 e para a ZR1. Com motor LS3, 6.2, de 430cv (436 com sistema de escape especial), faz de 0 a 100 em 4 ou 4.2 s, dependendo da transmissão (manual ou automática de 6 marchas). Assim como a Grand Sport da década de 90, possui 2 faixas acima da caixa de roda, opcionalmente, mas possui uma maior variedade de cores, iguais a do resto da linha. Essa versão, ao contrário da Z06 e da ZR1, pode vir na carroceria conversível.
Geralmente a matéria acabaria por aqui, como os carros, até agora, não tinham nenhuma previsão de mudança ou nova geração, mas o Corvette tem. As informações sobre a próxima geração, já chamada como C7, são poucas, mas vou falar delas aqui, todas retiradas do blog Corvette Brasil. Ao contrário do que se falava, o Corvette manterá um motor V8, e não um V6 turbo. Como o motor LS7, que foi desenvolvido nas pistas, espera-se que use o 5.5 small block do C6R, que atende às nvas normas de poluição americanas. Também há rumores de que, se não essa, mas a próxima geração, tenha motor central, algo que o Corvette nunca teve, apesar de Zora já ter tentado fazer isso anteriormente. A partir do StingRay Concept, fizeram uma projeção de como ficaria a C7, que está no começo do parágrafo. Para mais informações, clique aqui.
Bem, é isso. Sei que demorei, tive muitas distrações, e o meu computador não ajuda muito. Espero que tenham gostado, e me desculpem por qualquer erro de digitação (como potÊncia, às vezes clico no E antes de tirar o outro dedo do Shift). O próximo carro será o Dodge Viper, e garanto que será mais rápido, pois a história dele é bem menor que a do Vette. Hoje, as fontes, por serem muitas, estarão em lista, com o link inteiro. Alguns links não estão aí embaixo, estão no meio do texto, é desnecessário a repetição.
Até a próxima!
Fontes:
http://hyts.hu/index.php?s=mgal&marka=chevrolet
http://www2.uol.com.br/bestcars/cpassado/corvette-1.htm
http://www.autowp.ru/corvette/cars/page1/
http://www2.uol.com.br/bestcars/supercar/c6-1.htm
http://quatrorodas.abril.com.br/carros/testes/conteudo_143132.shtml
http://quatrorodas.abril.com.br/carros/lancamentos/conteudo_264916.shtml
http://quatrorodas.abril.com.br/carros/testes/conteudo_158482.shtml
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